quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Levantamento planimétrico de gleba

Em junho de 2011, realizei o levantamento planimétrico de uma gleba de aproximadamente 1,11ha para a atualização cadastral e venda da mesma para a Universidade Federal de Pelotas com o auxílio do estagiário de arquitetura Andrio Oliveira Cardoso da AC Arquitetura.


Prancha 01 Levantamento Planimétrico da Área

Trata-se de uma área de situação ímpar por conter uma casa em estilo colonial de ocupação irregular por diversas famílias.


Pesquisadores da UFPel já encontraram peças que podem ser vestígios da senzala da charqueada Santa Bárbara. Fonte: Correio do Povo



"A casa em estilo colonial, própria do início do século XIX, foi o primeiro passo à descoberta do que pode ter sido a charqueada Santa Bárbara, citada em livros, revistas e documentos e agora localizada por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O endereço é a rua Santa Tecla, próximo à Conde de Porto Alegre, região que ficava às margens do arroio Santa Bárbara, antes de este ser aterrado e virar canal. A identificação das terras que chegaram a pertencer ao vereador José Vieira Viana e a Visconde da Graça dá início a um processo longo, sem data prevista para terminar. As escavações arqueológicas começaram há menos de um mês, em ruína onde possivelmente tenha funcionado a senzala da charqueada.
Doze tijolos do piso e 12 das paredes irão indicar a data do prédio. O material será analisado em laboratório da Universidade de São Paulo (USP) e vai na bagagem do geofísico Gelvam Hartmann, como elemento ao seu pós-doutorado, cujo tema é “O arqueomagnetismo no Brasil”. O resultado deve ser revelado dentro de seis meses. Até o momento, uma moringa (jarro de cerâmica), utilizada no período da escravidão, ajuda a reforçar a tese de que a construção – com 17,60 metros de comprimento por 5,35 m de largura – era, sim, alojamento de escravos. Roldanas, pregos antigos, talheres, vidros, garrafas e artefatos relacionados à montaria e à tração animal já foram encontrados, parte deles em meio aos entulhos do desabamento do telhado e de uma das paredes laterais.
O trabalho é interdisciplinar, em que 15 acadêmicos e cinco professores dos cursos de História, Arqueologia, Museologia e Conservação e Restauro, além do Curso de Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural, unem esforços, compartilham conhecimentos e buscam a melhor técnica para preservar cada peça encontrada. Tão logo o detector de metais começa a ser passado sobre o solo, um sinal sonoro anuncia: um objeto circular, possivelmente uma moeda, é o próximo item a ser numerado, fotografado e catalogado. “Agora, por meio de algum reagente, com um método muito delicado, vamos buscar identificar a datação”, diz o arqueólogo uruguaio Jaime Mujica. Nenhuma informação pode ser desprezada. Todos estão voltados ao mesmo projeto: “O pampa negro: a arqueologia da escravidão na região meridional do Brasil”, patrocinado pelo CNPq e coordenado pelo professor Lúcio Menezes."

Fonte: Correio do Povo , 25 de outubro de 2011
Link para a matéria: www.correiodopovo.com.br

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